Américo Sustentável

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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

7 bilhões não são problema



7 bilhões não são problema
Nesta semana nascerá o heptabilionésimo habitante da Terra. Vivemos o maior crescimento populacional da história da espécie humana.  Para chegar ao primeiro bilhão levamos toda a idade da Terra, depois em 123 anos chegamos a dois bilhões e agora crescemos mais 1 bilhão em 11 anos.
Neste mês vimos artigos do tipo "Iremos alimentar 10 bilhões de pessoas ?” ou "Planeta sedento”. Estou pouco preocupado com a quantidade de gente. Até digo quanto. Estou 7% preocupado com toda esta gente no planeta. 7% das pessoas contribuem para a metade do carbono do planeta. 500 milhões de pessoas causam um estrago igual aos outros 6,5 bilhões.
Este grupo tipicamente se reproduz pouco no sentido biológico aliás, já devem até estar diminuindo, como o planeta também estará em poucas décadas. Culturalmente no entanto, estes 500 milhões são o objeto de desejo do resto do planeta e se reproduzem a dar inveja em Xeque Árabe. Todos queremos ter carro(s), casa(s) com gramado e trabalhar em um escritório de vidro (o último sem plural, é claro).
Até agora não vi um artigo do tipo "Como motorizar um bilhão de pessoas” (talvez porque seja tão possível fazer quanto subir para baixo ou entrar para fora). Se as pessoas comessem, dormissem, vestissem e produzissem os resíduos resultantes disto e somente disto, poderíamos manter 13 bilhões de pessoas com os custos ambientais atuais.
No ano passado, a consultoria Britânica Trucost produziu um relatório para as Nações Unidas que mostra que a cada ano, 3000 empresas causam 2,15 trilhões de danos ambientais, isto sem considerar possíveis colapsos futuros.
Escolha você o sonho demográfico. Zerar o crescimento populacional da África ? Cortar pela metade o do Afeganistão ? Nada disto mudará o planeta. Aliás, não é a redução da natalidade que melhora a vida das pessoas. É a melhoria de vida e principalmente a melhoria da cabeça das pessoas que reduz a natalidade. Os 500 milhões de afluentes estarão fritos no dia que os bolsões de pobreza do planeta melhorarem de vida porque o planeta não será mais o seu Jardim privado do Éden.
O crescimento populacional não é o cerne do problema porque nele o individual não briga com o coletivo. Menos filhos é bom para as famílias e para o planeta. O problema está quando é necessário cercear o indivíduo em prol do bem comum. Algum dos 400 milhões aceita dirigir um carro de duas portas com vidro de manivela ? Não. Este é um carro chamado de entrada, análoga à porta de entrada dos vícios químicos.
7 bilhões não são problema. O problema são os 7% de viciados em recursos naturais.
Veja o relatório da Consultoria Britânica trucost em meu blog http://ambienteporinteiro-efraim.blogspot.com/
por Prof. Ph. D. Efraim Rodrigues
Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1986), mestrado em Ecologia pela Universidade de São Paulo (1993) e doutorado - Harvard University (1998). Atualmente é professor da Universidade Estadual de Londrina. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: conservação, restauração, fragmentação, florestas, efeitos de borda e paisagem e compostagem de resíduos domésticos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES


A gestão dos resíduos sólidos é um dos maiores problemas urbanos e começou a ser resolvido na atual administração municipal.
Em Américo Brasiliense, não existe lixão e o município utilizava, até 2009, o lixão de Araraquara. Atualmente, a coleta do lixo é feita em conformidade com as normas técnicas e os resíduos coletados têm a destinação correta em Aterro Sanitário.
Conheça um pouco sobre as diversas etapas do tratamento adequado dos resíduos sólidos contratado pela Prefeitura.
1ª. Etapa - Coleta
Os resíduos sólidos domiciliares e comerciais são coletados de porta em porta, por empresa contratada pela Prefeitura, desde outubro de 2011, que utiliza caminhão compactador com capacidade de 20 ton, cumprindo horários e rotas de coleta pré-estabelecidos.
Foto 1: Caminhão compactador da coleta de lixo
2ª. Etapa - Transbordo
Os resíduos coletados são transportados até a área de transbordo de Araraquara, onde os resíduos são pesados e transferidos para caçambas rodoviárias.
Foto 2: Balança da área de transbordo em Araraquara
Foto 3: Caçambas rodoviárias na Área de Transbordo em Araraquara
3ª. Etapa – Transporte e Deposição em Aterro Sanitário
Os resíduos sólidos domiciliares coletados em Américo Brasiliense são transportados e depositados em Aterro Sanitário do Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR) Guatapará.
Na chegada à área da CGR-Guatapará, os resíduos são novamente pesados (Foto 4).
Foto 4: Balança do Aterro Sanitário

Foto 5: Deposição e compactação dos resíduos no Aterro Sanitário



Foto 6: Célula do Aterro Sanitário
A seguir, os resíduos são depositados na área do Aterro, onde são compactados e imediatamente cobertos com terra, compondo células, evitando a emissão de odores e a presença de urubus (Foto 6).
Aterro CGR-Guatapará
O Centro de Gerenciamento de Resíduos de Guatapará é considerado o maior aterro sanitário da região nordeste de São Paulo, está em operação desde 2007 e tem vida útil de 25 anos, com capacidade para receber 3.000 toneladas por dia.
O local é operado com os mais modernos critérios e práticas de engenharia e atende as mais rigorosas normas ambientais. O controle no CGR é minucioso, os resíduos que chegam são analisados no laboratório da empresa antes de serem depositados no aterro.
O aterro sanitário está implantado numa área de 980.000 m2, sendo dotado de impermeabilização do terreno, sistema de drenagem de líquidos e gases, drenagem de água da chuva (Foto 7).
Foto 7: Sistema de drenagem de água de chuva
A área do Aterro Sanitário é dotada de uma rede de pontos de monitoramento para controlar a qualidade da água subterrânea (Foto 8).
O líquido percolado, conhecido por chorume é drenado e coletado em um tanque de acumulação (Foto 9) de onde é transportado em caminhões tanque para tratamento na Estação de Tratamento de Esgoto da SABESP, localizada no município de Franca – SP.
Foto 8: Ponto de monitoramento de água subterrânea
Foto 9: Tanque de acumulação de chorume
A CGR desenvolve um programa de reflorestamento da área (Foto 10).
Foto 10: Área de reflorestamento
Os taludes do aterro são regularizados com terra e recebem plantio de grama (Foto 11).
Foto 11: Aterro sanitário com taludes regularizados e cobertura de grama
Em todas as avaliações da infra-estrutura e condições operacionais realizadas pela CETESB o CGR-Guatapará para avaliação do Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos - IQR recebeu 10 pontos que equivale à pontuação máxima.